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Review: O ódio que você semeia


Juro que não sou de chorar vendo filmes ou lendo livros, essa é uma missão difícil. Lembro vagamente de ter lacrimejado em “Se eu ficar”, apesar de ter realmente chorado com o livro, e também chorei no final de “Um lugar silencioso”. Mas em “O ódio que você semeia” eu chorei de uma forma inédita!

Esse foi um livro que, assim que lançou, fiquei curiosa para ler. Afinal, o tema é forte e cru: violência policial contra a população negra narrado do ponto de vista de uma adolescente que presenciou algo chocante mais de uma vez na vida. Infelizmente, vai saber por que, não li o livro até hoje, mas, quando recebi a chance de ver esse filme na cabine de imprensa, não podia deixar passar.

Nele, nós acompanhamos a história de Starr, que tem 16 anos e mora num bairro de maioria negra. Porém, ela e os irmãos frequentam uma escola de elite, ou seja, predominantemente composta por brancos. Starr começa dizendo que precisa ter duas versões de si mesma: uma em casa, que não pode ser “branca demais” e outra na escola, que não pode ser “negra demais”. Dividida entre esses dois mundos, ela nunca tem a possiblidade de ser somente ela mesma para não causar a impressão errada em ninguém. Até que ela vê seu amigo de infância ser morto por um policial enquanto eles voltavam de uma festa. A partir daí, Starr percebe que não pode mais se manter neutra, ela precisa se levantar por seu amigo e pela sua comunidade. Mas, como nada é simples, o bairro dela tem uma forte presença do tráfico de drogas e, ao falar tudo o que viu e sabe, ela vai acabar criando problemas para ela e a família.

Não sou muito fã de ver filmes de livros que eu não li e tenho muita vontade de ler, porém, saí dessa sessão querendo comprar o livro na primeira livraria que aparecesse na minha frente e começar a ler ali mesmo sentada no chão de uma vez por todas! Não acho que já ter visto o filme prejudicará de alguma forma a minha leitura no futuro.

Ao sair da sala, ouvi alguém dizer: “um soco no estômago esse filme!”. E é verdade, mas não é só um soco no estômago, também é um soco na cara, nos dentes e onde mais você conseguir pensar. “O ódio que você semeia” é um show de representatividade para os negros e uma aula sobre privilégios e preconceito para os brancos.

Eu chorei durante o filme porque, por mais que ele seja uma ficção, ele também não é. A dor transmitida por ele, infelizmente, é muito real e pode ser sentida o filme todo. A cena em que o amigo de Starr morre é rápida e chocante. E cada coisa que acontece depois te deixa pior. Eu chorei porque tem gente que passa por aquilo na vida real, faz parte da vida deles, enquanto outros, e isso inclui eu mesma, só vivem reclamando de coisas banais.

Mesmo sendo um filme pesado, ele também tem seus momentos engraçados em que todos rimos juntos na sala do cinema! Sobre as atuações: elas foram incríveis! Não mudaria um único ator ou atriz naquele filme. A maravilhosa Amandla Stenberg, minha eterna Rue de “Jogos Vorazes”, deu tudo de si naquele papel e realmente virou a Starr, vê-la na tela foi incrível! A fotografia também estava lindíssima e eu queria poder capturar algumas das cenas e colocar numa caixinha pra poder olhar de novo quando quisesse.

É uma pena que esse filme vá ser exibido em pouquíssimas salas pelo Brasil porque ele é um filme necessário, independente da sua idade, gênero e cor, esse filme vai te fazer pensar e entender coisas que talvez você nunca nem tenha se dado conta.

Confira o trailer abaixo:

Adquira o seu ingresso aqui.

Agradecimentos a Espaço Z e a Fox Filmes do Brasil pelo convite.

Review pela Ana Sarah, siga ela aqui.

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